08/08/2011

De Mãe Jovem a Jovem Avó!




Das coisas mais  emocionantes e gratificantes que aconteceu na minha vida, sem dúvida a maternidade é a que mais se destaca. Fui mãe muito jovem, 17 anos, mas a pouca idade não impediu que eu curtisse meus filhos, nem que amadurecesse o suficiente para amá-los e educá-los. Não foi fácil. Deixei de lado os sonhos de adolescente para me perder entre fraldas, mamadeiras e noites mal dormidas. A escola, a balada, os amigos, tudo mais ficou para depois. É incrível como um pequeno ser transforma tanto a sua vida, te priva de muitas coisas, te cobra atitudes adultas e ainda assim te faz imensuravelmente feliz.

Sempre digo que faria tudo de novo. E faria! Cada sorriso dos meus filhos, cada conquista, cada olhar apaixonado, cada pequeno gesto deles fez com que tudo valesse à pena. Eu me realizei como mãe e mulher. Eu aprendi a amar de verdade. A colocá-los sempre antes da minha vontade. Aprendi também a dizer não, mesmo quando isto me doía no peito. E descobri que nada, mas nada mesmo, nem a morte, poderia destruir um amor tão grande quanto o amor materno!

Meus pimpolhos cresceram e embora eu ainda me sinta tão jovem, eles já são adultos, pelo menos na idade, pois no meu coração serão eternos bebês! Cresceram tanto que já estão tomando em suas mãos as rédeas de suas vidas. Esta semana eu tive a notícia que serei Avó. Minha filha Tamíris está grávida. Ela que até bem pouco tempo era só uma criança agora será mãe.

Entre o susto e a alegria surgiram outros sentimentos. Entre outras preocupações o fato de ela ser mãe aos 19 anos, do pai também ser jovem, dos preparativos... Depois deste primeiro minuto de um compreensível impacto total, a alegria toma conta. Sinto-me grávida, esperando por um bebê que está em outra barriga. Sei que esta criança trará muitas alegrias, que este pequeno ser fará pela minha filha o que eles fizeram por mim. Que ela passará por momentos difíceis que toda mãe passa, mas que amadurecerá e será tão feliz com a maternidade quanto eu fui e sou!

Eu avó? Não tive como fugir deste questionamento. Eu me lembro da minha avó em todos os seus detalhes. Uma mulher amável, carinhosa e doce. Adorava ir visitá-la e ficava horas escutando suas histórias. Tenho ótimas lembranças suas. Porém de aparência, tinha cabelos grisalhos preso a um coque, vestido comprido com estampa de flores solto ao corpo, nada de maquiagens, quase nenhuma escolaridade, nenhuma vaidade. Eu sempre acreditei que minha vó era assexuada!

E eu? Sou uma mulher jovem, faço faculdade, ainda saio pra balada, ando de mãos dadas, dou beijo na boca, faço sexo, namoro, uso roupas justas, decotes, tenho piercing no nariz, tatuagens, faço chapinha, danço, ando de moto, uso biquíni, navego na internet e vou ser avó! Isto mesmo eu vou ser avó! E ao contrário do que algumas pessoas pensam, eu não me sinto mais velha por isto. Como ainda sou jovem, terei disposição para correr e brincar com o meu neto, faremos uso juntos das tecnologias da internet, poderei acompanhá-lo quando fizer a sua primeira tatuagem . Todavia, darei a ele o mesmo amor que a minha vó velhinha me dava!

Esposa, mulher, mãe, tia, dinda, avó, são apenas títulos. Que venham todos! O mais importante é o amor e a felicidade que se sente ao conquistar cada um deles. Eu estou muito feliz! Eu serei avó!

Célia Araújo

2 comentários:

  1. Muito legal!!! Eu não tenho dúvidas de que tu vai se sair muito bem como vovó. Tu é uma pessoa dedicada a tudo a que se propõe e neste caso não será diferente. Boa sorte e viva essa nova fase da tua vida!

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  2. Mandou muito bem Célia Vc é uma referência maravilhosa. Muitas felicidades para sua filha.

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