13/08/2011

Não Quero Amor Bege!



Não gosto do bege! Odeio! Tudo precisa de cor e aquilo que não precisa que fique em preto e branco. Definitivamente bege não é cor...O vermelho me apaixona, o azul me acalma, o preto me assusta, o branco me dá paz. E o bege? Não me provoca sensação alguma, é morno, é meio termo!

Os sentimentos são como cores, têm que te provocar ação e reação, te tirar do chão, ou mesmo te dar tranquilidade, mas não podem ser bege, ou me queima a mão, ou me gela a alma, meio termo não me acrescenta. O olhar tem que ser forte, tem que te penetrar a essência, tem que enxergar o que tem dentro. Têm que ter cores!

Tenho necessidade de sentir olho no olho, de sentir o calor do corpo, de ouvir a voz bem próxima ao meu ouvido. Se não for assim, que permaneça a distância, nada pior que conversar com alguém que lê o jornal enquanto fala com você. Ele está ali fisicamente e até escuta algumas palavras suas, mas não te enxerga, é bege, é morno, é meio termo!

Eu quero todas as emoções. Do calor do beijo ao choro da saudade, das noites de amor às noites de insônia, do chope que te refresca ao vinho que te aquece. Quero deitar e sentir que tem alguém do meu lado, que este alguém me ame e que este amor seja vermelho, quente, forte, inteiro. E nas crises, que seja verde esperança. Não quero amor bege!

Jogo-me inteira num sentimento, amo, brigo, choro, sorrio...Sou extremamente passional. Quebro a cara! A paixão ferve os meus neurônios, me enlouquece e se eu sentir que o outro não consegue se entregar, recolho os meu cacos e bato em retirada para não ter o desprazer de viver um relacionamento sem cores. 

Ou me acompanha, ou me deixa ir.  Ou tem a alegria do rosa  ou o preto da desilusão. Ou o sangue ferve nas minha veias ou se aquieta numa lembrança saudosa. Até a dor tem suas vantagens. Até o ódio tem suas nuances. O ódio, assim como o amor, te coloca no centro das atenções. Já a indiferença te faz se sentir bege, transparente, invisível...

Quero que meu amor seja sempre vermelho sangue. Tão forte quanto a minha personalidade, tão quente quanto o sol do verão, tão grande quanto a imensidão do mar. Não quero meios termos, não quero amor morno, o bege não me interessa!


Célia Araújo!

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